sábado, 9 de janeiro de 2010

No Fundo do Gol - O Nascimento de um Rei!

Olá caros amigos do massa, vamos relembrar hoje um gol que entrou para história do futebol mundial, e que daquele instante em diante, os olhos do mundo inteiro se voltavam a ele, na qual se tornaria depois tricampeão mundial, uma lenda e se coroando como o Rei do Futebol, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé. 1958, Copa do Mundo de Futebol na Suécia, primeira até então a ser televisionada, um luxo, mais de setenta países acompanharam o evento. Brasil disputava o mundial entre mais 15 equipes, a atual campeã Alemanha Ocidental, Argentina, Áustria, Escócia, França, Gales, Hungria, a fortíssima Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, México, Paraguai, Suécia, Tchecoslováquia e a URSS. O Brasil comandado por Didi e Garrincha chegaram a final, e um jovem apareceu, Edson estava entre os titulares em uma final aos dezessete anos e oito meses, um “moleque”. Didi, Zagallo, Zito, Vavá e Djalma Santos fizeram a diferença para o Brasil superar o trauma da copa de 1950. Mas cá entre nós, aquele que havia começado a copa como reserva brilhou, Pelé fez um dos gols mais bonitos das histórias das copas. Vamos relembrar um pouco da final, primeiro foi na escolha do uniforme. Como os suecos também jogam de camisa amarela, um sorteio definiu quem disputaria a finalíssima com seu fardamento principal. Os donos da casa venceram. O Brasil teria de escolher entre o branco, o verde e o azul. O branco foi descartado logo de cara, pois era o mesmo uniforma da trágica final de 1950, o chefe da delegação, doutor Paulo Machado de Carvalho, deixou de lado o verde da esperança e escolheu o azul, cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira da seleção. Na véspera do jogo, a comissão técnica adquiriu o novo fardamento no comércio de Estocolmo e costurou os números e os escudos da CBD, arrancados das malhas amarelas. Tudo pronto para a consagração. Ninguém pensava na repetição de 1950. Não até os quatro minutos de jogo, quando Liedholm marcou Suécia 1 a 0. Esse Brasil, entretanto, era outro. As feridas do passado estavam cicatrizadas, e nenhuma assombração perturbaria a festa. Didi apanhou a bola, ergueu a cabeça e carregou a bola até o círculo central, essa atitude mudaria a cabeça dos jogadores, grande Didi. Quatro minutos depois, o Brasil empatava, com Vavá. A virada veio aos 32, com outro tento do inspirado avante. A torcida local trocou de lado: sabia que a derrota era inevitável e que estavam diante dos melhores. O restante do embate foi um espetáculo brasileiro, Pelé recebeu a bola, deu um chapéu no zagueiro e meteu a bola “NO FUNDO DO GOL”, espetacular, logo Zagallo fez outro e Pelé, mais uma vez, no último lance da partida. Depois de marcar de cabeça, o menino caiu desmaiado e o árbitro Maurice Guigue apitou o final de jogo. Quando recobrou os sentidos, Pelé era campeão do mundo, assim como seus 63 milhões de compatriotas. O país explodiu em lágrimas, desta vez, de alegria. Enquanto centenas de milhares de pessoas saíam às ruas num carnaval improvisado, o rei da Suécia, Gustavo VI, entregava a taça Jules Rimet a Bellini, na tribuna de honra do estádio Rasunda. O capitão segurou o troféu de ouro com as duas mãos e o ergueu acima da cabeça, em direção ao céu. BRASIL CAMPEÃO MUNDIAL. ABRAÇO!
Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito e Didi; Garrincha, Pelé, Vavá e Zagallo. Técnico: Vicente Feola.


Nenhum comentário:

Postar um comentário