domingo, 4 de julho de 2010

Alemanha x Argentina

No confronto que reviveu a final de 1986, a final de 1990 e as quartas de final de 2006. Vamos lá as duas seleções se reencontraram novamente em 2010.
Incrível como a imprensa e alguns cronistas mudam de opinião com o resultado de um jogo. Isto vi ontem após o término do jogo. Inicialmente muito se comentava sobre a capacidade de liderança de Maradona, do fato da Seleção Argentina ter ganho "corpo" durante a Copa. Messi chegou a ser indicado por alguns como o melhor jogado da Copa até sábado. Muitos anunciavam uma possível final Brasil x Agentina.
Para mim incontestável apenas a capacidade e a habilidade dos meias e atacantes argentinos, me refiro à Messi, Tevez, Higuaín e Di Maria. Nenhuma seleção tinha em suas bancos atacantas à altura de Milito e Aguero. Mas era só isso!
A derrota da Argentina pôs abaixo os que os quatro primeiros jogos da Argentina criaram na Copa. Alguns pontos são inegáveis a admiração dos jogadores por Maradona, o respeito e o bom relacionamento entre o time. Por outro lado, não existe liderança sem bons resultados. Não existe liderança sem tática, sem estratégia de jogo.
Bastou a Alemanha marcar a saída de bola argentina e foi o suficiente para a incapacidade de Maradona mudar o time vir a tona. Parece fácil, mas esta é a capacidade de Joachim Low, que na Copa de 2006 já executou este papel ao lado de Klinsmann.
A incapacidade de Maradona para mim se evidenciou quando preferiu manter Milito no banco ao invés de querer arriscar mesmo quando a faca e o queijo já estavam nas mãos dos alemães.
O modelo de quatro zagueiros compondo a linha da retaguarda argentina veio a baixo a partir do momento que conseguiu ser confrontado pelo rápido contra-ataque alemão.
A Blitz Alemanha começou com o gol marcado logo aos 2' do primeiro tempo, numa boa cabeçada do jovem e bom Müller, que chegou aos 4 gols na Copa, num excelente cruzamento daquele que foi o melhor homem em campo: Schweinsteiger. No segundo lance numa jogada espetacular de Müller pelo lado direito da zaga argentina que fazendo o pivô para Podolski assistir para Klose que chegou ao seu 13o. gol na história se igualando à Just Fontaine. Os gols não pararam por aí, Schweinsteiger aos 28 do 2o. tempo, com a marcação de Higuaín assistiu o zagueiro Friedrich para fazer Alemanha 3 a 0. Aos 43 do 2o. tempo o golpe de misericórdia Özil assistiu Klose para completar e concluir o 4 a 0. Klose está agora apenas a 1 gol de Ronaldo na artilharia da história das Copas.
Ponto positivo para a arbitragem, Ravshan Irmatov do Uzbequistão - um país sem tradição no futebol.
Vimos a tônica de uma Argentina que na Copa chegou com um time muito heterogêneo, classificando-se no último jogo das eliminatórias. Chegou à África do Sul com as esperanças voltadas para os pés e jogadas de Messi, sem um padrão de jogo definido e tendo no banco de reservas muito mais uma figura emblemática do que um técnico de verdade.

A Alemanha, um time jovem, que chegou desacreditada e que aos poucos vem ganhando a confiança e o crédito. Tem um dos melhores meios-campos dos últimos anos que vi jogar: Khedira, Schweinsteiger, Özil e Podolski. Hoje é o grande favorito ao título mundial por muitos. Gostaria muito de ver uma final Brasil e Alemanha, esta era minha previsão no início da Copa, mas que só será possível talvez em 2014.
Festa em Berlim!

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