sábado, 3 de julho de 2010

22o. Dia de Copa: A Derrota Brasileira

Brasil e Holanda: este confronto já faz parte da história das Copas. Era a quarta vez que se enfrentavam na história das Copas com um retrospecto favorável até ontem com 2 vitórias para os brasileiros e 1 para os holandeses. Não sou favorável às estatísticas pois sempre teremos um primeiro evento: a primeira vez que algo irá acontecer. Poucas vezes nesta Copa tivemos um início de jogo tão bom quanto o da Seleção Brasileira ontem. Logo no início de jogo, uma Seleção Holandesa pragmática, prevesível e com muitas poucas iniciativas. Também no início de jogo, o "no sense" Felipe Melo protagonizou uma lançamento pelo chão que muito lembrou os passes de Gerson na Copa de 70, como comentou o colega PC Vasconcelos do Sportv, o passe foi o suficiente para Robinho que ganhou a corrida no meio da zaga holandesa colocar Jabulani no fundo do gol. Começava ali uma possível vitória brasileira.
Início de segundo tempo, e a feijoada brasileira em Porto Elizabeth parecia azedar gradativamente e em definitivo. Vou explicar porquê. Cruzamento na grande área brasileira, falha daquele que não costuma falhar: Júlio Cesar - saiu catando borboletas e para ajudar Felipe Melo cabeceou raspou a cebeça na Jabulani para as redes brasileiras. A Seleção Brasileira parecia ter sentido o golpe. Adiante, o nosso Gerson às avessas Felipe Melo, protagonista mais um lance, após falta pisou no holandês e recebeu o cartão vermelho. Conseguiu aquilo que vinha buscando a Copa inteira. Estava escrito nas entrelinhas da Copa. A Holanda desempatou o jogo, numa jogada ensaiada. Na cobrança de escanteio: Dirk Kuyt deu um tostãozinho no primeiro pau e Sneijder completou cabeceando para o fundo das redes brasileiras. Ironia do destino, Sneijder tem 1,70m de altura, e este foi o seu primeiro gol de cabeça. Onde estão as estatísticas?
Daí para frente pouca tática e o sintoma da ausência do banco de reservas brasileiro. Dunga tirou Luís Fabiano e colocou Nilmar. Nenhum lance significativo de gol. Fim de jogo: 2 a 1 para os holandeses. A Holanda avançou às semi-finais e colocou em definitivo um ponto final do contato direto entre Dunga e a Seleção Brasileira. Clichês a parte apesar do excelente aproveitamento desta seleção, na quantidade de vitórias, muito se falou na coerência de Dunga. Mas esta é apenas a sua "coerência". Precisamos da coerência entre um time e o bom futebol. Não vimos isto nesta Copa. Ficamos novamente com a sensação de ficamos devendo e merecidamente eliminados. Dificilmente teremos nas próximas Copas do Mundo uma chave tão fácil, em teoria, para chegarmos a uma final de Copa do Mundo.

Gui Escobar, de Johanesburgo, para os Amigos do Massa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário